sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ana Carolina

Ana menina, Carol, Carolina,
garota, boneca, princesa, Ieié,
amor sem tamanho é isso que é.

Menina sapeca que encanta e alegra.
Gosta de música e brinca de boneca.
Anjo sem asas, dentro de nossas casas.

Criança nos braços, me dá um abraço,
um “upa” apertado.
Dá a mão, brinca de roda: “a canoa virou”,
“serra, serra, serrador”.
No ombro sou cavalo, “pocotó”, veja o Senhor .
Faz manha, pede colo e cama o ombro virou.

Sou tia pateta que brinca de rima,
se faz poeta.
Sonha e canta, educa não manda.
E tudo o que quer é essa menina,
levada da breca, feliz e contente,
na vida da gente!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Procura-se

Procura-se um bom papo, que vá além do superficial.

Procura-se a conquista inteligente e charmosa que, mesmo diante da fragilidade de um clichê, seja sincera e, ao ascender das luzes, não se mostre apenas como uma armadilha para presas fáceis.

Procura-se o olhar nos olhos, a carícia no rosto e o beijo molhado que resista a noites, meses e anos...

Procura-se a macheza, com presteza evidenciada por um membro rijo, que perdure após o gozo.

Procura-se o depois do depois, conquanto o durante seja intenso e carinhoso.

Procura-se caminhar junto, construir, somar...

Procura-se a metade do inteiro que é amar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Poesia cantada pelo vento da poesia lida

De gostos e peles e música e tudo o que a gente vê sem saber como ter e se quer, sem limite, com tesão da coisas quentes, boas, com gosto de uva e chocolate e morangos com creme numa taça, taça de vinho, música francesa.

Eu quero, quero tudo, amor, sonho, só não quero dor, isso nem é de se falar pra não chamar. Eu quero, eu sou, eu posso, tudo isso que a gente escuta por ai sem parar: segredo, segredo não se conta, mas contaram... pra quem? Pra quê? Eu só sei que ouvi.

Assim... só sei que ouvi e vi e senti e quis ter essa paz, que a gente ouve por aí e pensa que é coisa de Deus que nunca vai se alcançar porque Deus está lá no céu tão longe e esquece que Deus está aqui em mim, em ti, em nós...

O gosto da boca, da pele, do beijo, do pescoço, do osso, osso de cachorro que não larga e não rói. Quero o gosto da rosa, o sabor do vento, cheiro da folha molhada da chuva que caiu, mas hoje o sol, sim eu quero o sol, a praia o verão... O amor, ah o amor, sim eu quero o amor, muito amor, amor de sol, de praia, de correr e brincar de pega-pega e esconde-esconde... Não! Não esconde...

Eu te acho, porque te procuro e te quero: AMOR, desse que a gente ouve por ai e que é qualquer coisa entre o tesão, o sexo e a instituição familiar daquilo que a gente sonhou quando era criança e brincava de boneca...

Do gosto do inverno que não foi temeroso, ou tenebroso? Mas que passou, assim como tudo passa, a vida passa, anda passando e eu vou junto com ela, não fico aqui sozinha não! Eu vou junto porque quero tudo, com gosto de música e jeito de mar e sol e girassol que é flor, que plantaram...

Planta também, eu planto, tudo o que quero eu planto, esse chão tem solo fértil e nasce e brota e desabrocha, mas não murcha. Isso não! Mas nem é bom dizer não... dizes só sim... sim eu quero sim!

Tudo vai e passa e fica, com voz de canção, sabor de música e tempo de verão, na primavera do coração.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Firmamento

De quantas noites e dias são feitos os sonhos e as nuvens
De quantos sonhos é feito o eu
Eu que estou em mim
Que estou aqui e ali
Em ti
Que quero o dia e a noite
A nuvem e o céu...
O infinito finito em ti,
Amor...

domingo, 28 de junho de 2009

Fiz este poeminha para replicar alguém com quem discuti a respeito da ética e moral. "Façam o que eu digo, mas não o que eu faço" não me parece ser uma postura correta ou ética, muito menos para alguém que representa uma categoria para as quais defende práticas que não executa e das quais zomba, na prática.

Enfim... já que não posso fazer nada para mudar isto e sou vista como "traidora" por denunciar tal prática, resolvi ser irônica e exaltar aquilo que julgo nojento, mas que parece ser natural para algumas pessoas...

Ode à hipocrisia

Salve, salve a hipocrisia!
Sejamos todos hipócritas!
Vamos agir comos os Porcos de Orwell:
Mascarar a mentira para que, repetida mil vezes,
ela transforme-se na verdade.
“Todos os profissionais da imprensa são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”.

Ideologia é demodê! A vanguarda está mesmo é na cara-de-pau!
Afinal, estamos no Brasil e por aqui sempre damos um “jeitinho” para tudo...
Ninguém vai reparar!
Que o digam Maluf e Sarney.

Se acaso questioneram nossa postura diremos:
—“Estás equivocada, pessoa caluniosa!”

Além disso, a mídia gosta mesmo é de uma boa hipocrisia.
Dá até capa de jornal e joga no descrédito quem se atreve dizer a verdade.
Por isso, sejamos hipócritas!
Não é ilegal e ninguém poderá nos prender...

Sim, sejamos hipócritas!
Vamos fingir que o errado é o certo, esquecer a moral e a ética batendo no peito para dizer de boca cheia que somos os seus maiores defensores!
Nosso lema será: “façam o que eu digo, mas não se importem se eu não o faço!”

Se para nossa Suprema Côrte Judicial um bom jornalista deve apenas saber cozinhar,
este é mesmo o país da pizza!
Não há que se negar, então, que em casa de ferreiro o espeto seja mesmo de pau.
Bem assim, igualzinho à nossa cara!
Viva à hipocrisia!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Métrica do amor

Acho engraçado quando se diz “amar como eu te amo ninguém mais”
Amor não é coisa que se mede ou que se apraza
Amor é sim o que nos apraz
É quando se inebria até gozar
Embriagando-se do gosto de tudo aquilo que é amar
Mas não há que se dizer que te amo mais que outro alguém
Nem que me amas mais do que o amor de outrem
Isso é de mentir a si mesmo
Tentando enganar o amor
Ou abarcar-se de todo ele que é maior que o mundo do sentir
Que se dirá, então, do de se medir...
Amor, assim eu sigo amando
Nem mais nem menos que os outros
Não quero ser dona do amor
Quero senti-lo, inebriante, embriagante, arrebatador, incontrolável, insaciável...
E assim poder ouvir do amor que tenho (que ainda espero ter) “amo-te, meu amor, tanto assim que é mais do eu mesmo posso amar!”

terça-feira, 28 de abril de 2009

Um poema

Espantando a poeira deste espaço com um poeminha que fiz e que, para mim, fala dos amores e desencontros da vida:

Tempestades de mim

Não tenho medo da chuva, nem me importo de me molhar...
Quero mesmo um caminho cheio de flores!

O tempo seca e o sol abre novamente,
fazendo a gente esquecer que houve raios e trovões...

Deixar de viver algo, por medo, é viver pela metade.

Sou inteira, sou intensa,
por isso, quando a chuva vier novamente eu estarei lá
para enfrentá-la e prosseguir...