quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sobre o silêncio

É interessante pensar como o silêncio tem significados diversos e antagônicos. O silêncio entre duas pessoas pode significar tanto a compreensão total de almas que não precisam de palavras para se entender, quanto uma profunda ausência de sensibilidade e comunicação entre elas... Na vida, nos relacionamos o tempo todo hora com o primeiro, hora com o segundo. Há relacionamentos em que mesmo quando há palavra, o que existe é o silêncio; há silêncio, mesmo quando é música; há silêncio, mesmo quando é tesão; há silêncio, mesmo quando é amizade...
No silêncio o peso das coisas é maior. No silêncio, refletimos sobre nós e as indagações pertinentes de nossa filosofia. No silêncio surge a pergunta: será que vale a pena nos relacionarmos com quem o silêncio nunca deixará de ser a ausência, mesmo quando há companhia? O que eu sei é que não sofro mais com este silêncio; hoje, ele não me machuca. Apenas sigo, deixando quem não escuta para trás...
Por vezes reencontro este silêncio, encaro-o bem de frente e rio e danço -há certa musicalidade no silêncio- e, então, seguindo esta melodia, eu canto!

Cantando neste silêncio: Olhos nos olhos - Chico Buarque

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"Há em mim uma sede de infinito"

A frase que intitula o primeiro post foi retirada de um pequeno verso, escrito pela maravilhosa Florbela Espanca, que, assim como eu, era um romântica que tinha dentro de si a poesia que queria gritar, que não podia calar.
"Há em mim uma sede de infinito... uma saudade sei lá de quê" e tudo o que eu quero é poder dizer ao mundo o que penso, o que sinto, minha impressões do mundo; efim, os vestígios sinceros de minh'alma.